Janela para as nuvens, por Sergia A.
Virgínia me acordou cedo.
Havia um vazio no quarto amanhecendo. Minha janela para o Leste não se rende à sisudez de cortinas ou persianas, e insiste em dar passagem a uma fresta de luz enrubescida. Não quero despertar. É domingo, meu sono tem direito a algumas voltas do ponteiro. Desisto. Estendo a mão e abro um livro de cabeceira. Um diário a me provocar... O ano é 1930:
Havia um vazio no quarto amanhecendo. Minha janela para o Leste não se rende à sisudez de cortinas ou persianas, e insiste em dar passagem a uma fresta de luz enrubescida. Não quero despertar. É domingo, meu sono tem direito a algumas voltas do ponteiro. Desisto. Estendo a mão e abro um livro de cabeceira. Um diário a me provocar... O ano é 1930: