(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos.)
[Sophia de Mello Breyner, in Viagem - fragmento do poema Naufrágio]
delicadezas, por Sergia A. |
delicadezas se debruçam sobre a janela. a pedido do vento que sopra para longe as nuvens. abrem caminho para os raios de um sol que do outro lado se pendura.
delicadezas se balançam na janela. a pedido do verde cansado de si mesmo. arranham o vidro os pequenos espinhos, para que se perca do olhar a nitidez.
delicadezas alçam voos sobre a janela. a pedido do azul que a vista já não comporta. batem asas em partida afunilando ciclos. ou deixando pistas de um retorno possível.
definha a cor. atrás de um novo rabisco o paraíso.
delicadezas se balançam na janela. a pedido do verde cansado de si mesmo. arranham o vidro os pequenos espinhos, para que se perca do olhar a nitidez.
delicadezas alçam voos sobre a janela. a pedido do azul que a vista já não comporta. batem asas em partida afunilando ciclos. ou deixando pistas de um retorno possível.
definha a cor. atrás de um novo rabisco o paraíso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita! Volte sempre.