riso enlarguecido, por Sergia A. |
Ela cantava para sua pequena em noites frias, acomodando seus corpos aquecidos sob as cobertas. Era preciso proteger a pele macia e o brilho do olho do avanço do vento noturno, impetuoso, que corta e cega.
O tempo se repete. Não cansa de ser ontem. À pequena crescida a repetição se faz em canto. Como se no tamborilar dos dedos, na cadência das palavras, os céus ouvissem o ecoar de um pranto:
O tempo se repete. Não cansa de ser ontem. À pequena crescida a repetição se faz em canto. Como se no tamborilar dos dedos, na cadência das palavras, os céus ouvissem o ecoar de um pranto:
um risco de lua, por Sergia A. |
às vezes
quando escurece aqui dentro
um pedaço de lua me sorri
às vezes, de repente,
aqui embaixo tudo se ilumina
para igualar-se ao brilho
de um pedaço de lua
que insiste em me sorrir
e onde quer que eu vá
um riso enlarguecido
expande o azul
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