sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Instantes de Infinito


Uma luz,  por Sergia A.

Mais um ano chega ao fim. Não há como viver esse tempo sem repensar a vida. O que fazemos dela a cada dia, como pretendemos vivê-la no novo ciclo. O que precisa ser acrescentado, o que precisa ser descartado ou até, quem sabe, o que precisamos simplesmente deixar fluir pois não temos o controle sobre tudo.

A arte, e a poesia em particular, tem o poder de nos salvar nesses momentos. Por isso busco nas palavras de Da Costa e Silva, um poeta Piauiense como eu, uma forma de desejar aos que navegam em busca de palavras delirantes, que em 2012 se realizem seus instantes de infinito, que a semente de seus sonhos seja atirada ao mundo, e que as asas de seus pensamentos rocem o céu.
  
Sob o Ritmo do Tempo

A areia, grão a grão, escoa na ampulheta...
Sob o ritmo do tempo, em silêncio medito:
Ai de quem, a sofrer, passou pelo planeta
Sem realizar o seu instante de infinito!

A água cai, gota a gota, a oscilar na clepsidra...
Atento ao seu rumor, penso inquieto e tristonho:
Ai de quem não arou com pranto a terra anidra,
Para atirar ao mundo a semente de um sonho!

A sombra leve azula a pedra do quadrante...
Cismo, absorto, a seguir-lhe o tardo movimento:
Ai de quem, a viver como uma sombra errante,
Não roçou pelo céu a asa de um pensamento!


E que este espaço continue sendo nosso local de encontro!       

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