segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quando o dia pede rosas


Porque ele vem até mim,  Sergia A.


Porque um dia nos conhecemos, e havia nuvens carregadas no céu. Porque um dia nos demos as mãos em praça pública e enfrentamos os raios. Porque um dia tivemos o mesmo sonho. Porque saímos a arar campos diversos quando o céu estava azul. Porque na colheita descobrimos que não importava como balançavam os galhos se as raízes se alimentassem da mesma seiva.


Por isso quando ele vem até mim compro flores, visto o meu melhor vestido, dou um jeito no cabelo e arranjo comida especial. Abro uma garrafa de vinho e brindamos ao encontro. Conversamos longamente sobre o tempo passado, o presente e o futuro. O riso é fácil. Estamos felizes.

Quando ele se vai, bêbada de encantamento minha mente se inquieta diante da necessidade de entender o estranho sentimento que não sofre o desgaste natural do tempo. Bendito tempo a nos dizer que não se esvanece aquilo que no coração encontra pouso, cuidadosamente em redoma guardado, a sete chaves como ensinava a velha canção que embalava nossas noites. Lição aprendida.






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